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CAF: Traquelectomia ou Conização ou Cirurgia de alta frequência (CAF) são procedimentos cirúrgicos realizados no colo de útero, geralmente em regime ambulatorial/hospital-dia para tratamento de lesões pré-neoplásicas que acometem o colo uterino. Apesar de os termos CAF, conização e traquelectomia serem utilizados para descrever cirurgias em colo uterino, eles não são sinônimos. Exatamente nesta ordem crescente em tamanho do que é retirado, o CAF seria o procedimento menor que uma conização que é menor que uma traquelectomia. A cirurgia de alta frequência se refere à forma mais comum utilizada para tratamento de lesões iniciais precursoras do câncer do colo uterino, onde o cirurgião utiliza do bisturi de alta frequência que na maioria das vezes possui uma alça. A alça  escolhida para o procedimento retira uma pequena parte do colo uterino com a lesão que indicou o procedimento.

Câncer de mama: câncer de maior incidência na mulher, sendo cerca de 10% genético (mãe para filha). Atualmente, não basta saber que estamos diante de um câncer de mama, devemos saber o tipo de câncer de mama (subclassificação), Geralmente, essa informação é coletada com auxílio do exame de imunohistoquímica  para poder traçar o melhor plano de tratamento em conjunto.

Conização do colo uterino: cirurgia um  pouco mais extensa no colo uterino do que um CAF. Também pode ser realizada com bisturi de alta frequência, mas geralmente opta-se pela utilização do bisturi a frio, onde a intenção é retirar um fragmento único maior e com mais profundidade de canal. Em alguns casos de câncer de colo uterino onde a paciente deseja manter a fertilidade, a conização pode ser utilizada como tratamento, isto é, desde que a lesão tumoral tenha características específicas de apresentação inicial que permitam preservar o útero sem perder a segurança de tratamento oncológico.

Cirurgião Oncológico ou Cancerologista Cirúrgico: é o médico especialista que estuda, previne, diagnostica, estadia e trata o câncer em suas diferentes formas, locais e apresentações através da cirurgia. A cirurgia pode ser realizada com a intenção de cura ou para aumentar o tempo e a qualidade de vida.  A cirurgia pode aliviar o desconforto ou problemas relacionados ao câncer. Muitas vezes a cirurgia é necessária para o diagnóstico, outras como tratamento, e em outras com esses dois objetivos. Alguns casos necessitam de mais de uma cirurgia ao longo do tempo. É cirurgião oncológico o médico portador do título de especialista obtido através de residência médica reconhecida nesta área pelo MEC e/ou prova de título junto a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica(SBCO), reconhecido como tal pelo Conselho de Medicina (CFM e CRM).

Cirurgia por estereotaxia ou Setor de mama guiado por marcação pré-cirúrgica: cirurgia utilizada para retirar lesões impalpáveis ou de difícil palpação, onde antes da cirurgia é marcada a lesão com um fio fino de aço passado através de exame de imagem (mamografia ou ultrassonografia de mama) que consegue visualizar e localizar precisamente a lesão suspeita. No momento da cirurgia, o cirurgião segue o fio até sua extremidade para poder retirar a lesão. Ela pode ser realizada através da injeção de macroagregado de albumina ligado a elemento radioativo, conhecida como ROLL, onde no momento da cirurgia o cirurgião localiza a região marcada através de um aparelho leitor de radioatividade.

Cirurgia Minimamente invasiva: é a técnica cirúrgica que utiliza de instrumentais e câmera desenvolvidos para realizar o procedimento proposto através de pequenas incisões proporcionando todo o benefício de um menor trauma, com recuperação mais rápida, alta hospitalar e retorno as atividades em menor espaço de tempo que a técnica tradicional, somado a um menor uso de analgésico, menor complicação de ferida operatória (infecção e sangramento) hérnia, além de ser esteticamente melhor sem diminuir ou perder o foco principal que é a segurança no tratamento da doença de base que indicou a cirurgia. São técnicas minimamente invasivas: a cirurgia laparoscópica e a cirurgia robótica.

Cirurgia ovariana: cirurgia realizada no ovário, pode ser: ooforoplastia, ooforectomia, translocação ovariana.

Cirurgia Paliativa: Cirurgia realizada em paciente sem intenção curativa, mas com intenção de aliviar sintomas de desconforto ou problemas relacionados com a presença do câncer, ou seja, o principal objetivo é aumentar o tempo e a qualidade de vida.

Cirurgia Robótica ou Robótica:  procedimento cirúrgico minimamente invasivo onde o cirurgião consegue, sentado em um console com visualização 3D, controlar os braços de um robô que está em contato com o paciente anestesiado na sala de cirurgia. A cirurgia robótica representa um avanço na videolaparoscopia, pois o médico consegue fazer a cirurgia confortavelmente sentado, diminuindo o cansaço de ficar em pé ao lado da paciente. Além disso, é possível ter acesso a uma visualização 3D que implica em maior facilidade de isolar estruturas e controle de profundidade em relação a laparoscopia. O robô também possui filtro para tremor e movimentos bruscos, diminuindo a chance de lesão. As pinças da extremidade dos braços do robô conseguem realizar movimentos de 360 graus, algo que nem o punho humano consegue fazer e muito menos a laparoscopia, de modo que tem como grande diferencial suturas muito precisas. Assim, a visualização de imagem em alta definição com ampliação de 10 vezes e visualização tridimensional permite: um melhor detalhamento dos planos dos tecidos; movimento escalonado com filtração de tremor; melhor ergonomia para o cirurgião; uso de pequenas incisões proporcionando uma recuperação mais rápida com menor tempo de hospitalização e retorno do paciente às atividades em um curto período; menor perda de sangue e menor taxa de transfusão; redução da dor com menor uso de analgésico pelo paciente; menor risco de infecção ou complicações da ferida operatória.

Cirurgia Uterina: realizada no útero. Pode ser histerectomia total, histerectomia subtotal, histerectomia com anexos, histerectomia ampliada, traquelectomia radical, miomectomia, curetagem uterina, histeroscopia, translocação uterina.

Citorredução tumoral em câncer de ovário ou Debulking: procedimento cirúrgico realizado para retirada de implantes tumorais peritoneais, diminuindo o volume de tumor tendo como objetivo chegar ao fim do procedimento sem lesão visível a olho nu dentro da cavidade abdominal ou para implantes menores que 1 cm. Esta diminuição do volume tumoral ovariano implica em uma melhor resposta à quimioterapia e maior chance de cura ou aumento de sobrevida. Cerca de 70% dos casos de câncer de ovário apresentam doença peritoneal extensa ao ser diagnosticado, e o objetivo de retirada máxima tumoral implica numa maior chance de cura ou tempo de sobrevida juntamente com a quimioterapia. Existem trabalhos demonstrando aumento da sobrevida nesses casos quando a paciente é operada com um especialista em Cancerologia Cirúrgica.

Colpectomia: procedimento cirúrgico para retirada de parte ou toda vagina na dependência da necessidade de ressecção necessária para se obter margem livre de câncer, ou seja, margem de segurança no tratamento do câncer do colo uterino, vagina ou endométrio em função da extensão da doença na vagina.

Colpocitologia, Papanicolau ou Preventivo do colo uterino: exame realizado com a intenção de prevenção do câncer do colo de útero. Necessita que a paciente não esteja menstruada no dia da coleta. A coleta do exame é feita através da passagem de um afastador na vagina (espéculo vaginal), abrindo e expondo o colo uterino. Nesse momento, é coletado o exame através de 3 raspados consecutivos com espátula e escova, fixando o material em lâmina ou meio líquido. No Brasil é preconizado pelo Ministério da Saúde que a idade de início da coleta do Preventivo do Colo Uterino seja a partir de 21 anos em mulheres que já tiveram relação sexual.

Colposcopia: exame que utiliza lentes de aumento e corantes para auxiliar na localização e biópsia de alguma alteração existente no exame de colpocitologia. Tem como objetivo elucidar uma alteração existente no preventivo do colo uterino.

Consulta em Oncoginecologia: é onde o médico irá conversar com a paciente para saber quais são suas queixas e dúvidas que a levaram a procurá-lo. Geralmente são por dor, sangramento vaginal, corrimento, aumento de volume abdominal gerada por uma alteração no órgão sexual feminino. Alguns pacientes vêm encaminhadas por outro colega médico de outra especialidade, devido a algum achado inesperado anormal em exame complementar de imagem, laboratorial ou físico que leva a necessidade de esclarecimento com especialista.

Consulta em mastologia: consulta direcionada para a saúde das mamas, atendendo queixas variadas como mastalgia (dor mamária), secreção papilar e nódulo na mama.  O especialista irá conversar para saber mais sobre a sua queixa e sobre você, perguntando sobre estilo de vida, medicamentos que utilizou e se há histórico familiar da doença. Após a realização do questionário, será realizado o exame das mamas, pescoço e axilas por meio de inspeção e toque. Por fim, quando necessário, será solicitado exames complementares como mamografia, ultrassonografia ou ressonância de mamas ou até mesmo indicado um procedimento para diagnóstico como biópsia. A investigação e tratamento será direcionada para a hipótese diagnóstica feita pelo mastologista.

Core Biópsia: um tipo de biópsia geralmente utilizada em nódulo suspeito de câncer de mama, onde após a anestesia local, é realizada uma pequena incisão suficiente para a passagem da agulha grossa que permite a retirada de uma amostra tecidual do local desejado.. Pode ser feita a mão livre pelo mastologista na consulta quando o profissional julgar seguro ou guiada por exame de imagem (mamografia, ultrassonografia de mama) para nódulos impalpáveis ou de difícil palpação.

Curetagem uterina: procedimento cirúrgico de pequeno porte onde é realizada a raspagem da camada interna do útero sob sedação. Pode ser diagnóstica quando a intenção é de confirmar a alteração que gerou o exame, e assim mostrar/biopsiar a alteração dentro da cavidade uterina, ou cirúrgica quando a intenção é tratar a alteração com ressecção da lesão intra uterina já sabidamente existente.