Hipertermoquimioterapia ou Quimioterapia intraperitoneal: instilação de quimioterapia diluída e aquecida a 42 graus Celsius e que deve ser realizada no mesmo ato da cirurgia de citorredução. Assim, soma-se ao efeito local do quimioterápico e ao aumento de temperatura, que por si só já é letal para as células do corpo. Esse procedimento pode ser feito principalmente para tratamento do pseudomixoma peritoneal, mas também pode ser utilizado em alguns casos bem selecionados de câncer de ovário.
Hipertrofia de Mama: aumento excessivo no volume das mamas desproporcional a estrutura física da paciente, causando dores na coluna e na região do ombro. O tratamento ideal para esse caso é a mamoplastia redutora (redução no volume das mamas) antes que exista lesão de coluna. No Brasil, a Agência Nacional de Saúde (ANS) emitiu parecer liberando os convênios da obrigatoriedade em cobrir os custos desta cirurgia. (PARECER TÉCNICO Nº 19/GEAS/GGRAS/DIPRO/2019).
Hipertrofia de pequenos lábios: a exposição do pequeno lábio além dos grandes lábios levando ao desconforto da paciente na região da vulva ao usar calcinha ou calça para atividades cotidianas como andar de bicicleta, sentar ou realizar esportes. A Ninfoplastia ou cirurgia para correção da hipertrofia de pequenos lábios é o procedimento cirúrgico realizado em nível de hospital-dia para correção de excesso de pequenos lábios da vulva.
Histerectomia: cirurgia de retirada do útero (corpo e colo uterino). A cirurgia pode ser acompanhada da remoção simultânea de trompas e ovários. Na grande maioria das vezes, a cirurgia de histerectomia é feita por condições benignas, como: sangramento irregular e crescimento do tamanho do útero devido a adenomiose ou miomas que não responderam a outro tratamento; pode ser realizada para tratamento da dor pélvica crônica por varizes pélvicas, endometriose profunda; Prolapso uterino (saída do útero pela vagina). Tratamento de lesões pré-neoplásicas de colo uterino ou endométrio de pacientes sem desejo de gestar e/ou prole definida. Existem várias variantes da histerectomia como histerectomia subtotal, total, total com anexos e ampliada. Quanto às indicações, devem ser levadas em conta a doença de base somada ao quadro clínico da paciente. Na maior parte das vezes, a cirurgia é feita por via minimamente invasiva (Laparoscopia ou Robótica), mas pode ser feita pela via vaginal ou laparotômica também (aberta), conforme avaliação do caso.
Histerectomia subtotal: cirurgia que retira parte do útero (corpo uterino), deixando o canal uterino. Pouco utilizada, realizada apenas em casos de exceção onde o paciente apresenta sangramento de origem uterina com instabilidade hemodinâmica e risco de morte iminente, e necessita da retirada do útero para controle do sangramento.
Histerectomia total: cirurgia ginecológica mais realizada. Trata-se da retirada do útero por condição benigna como mioma, adenomiose, endometriose, varizes pélvicas e dor crônica, ou para tratamento de lesões pré neoplásicas em paciente já com prole definida e sem desejo de gestar futuramente. Pode ser realizada simultaneamente à retirada de anexos (trompas e ovários) ou não, na dependência da doença de base, idade da mulher e função ovariana. Na maior parte das vezes, a cirurgia é feita por via minimamente invasiva (Laparoscopia ou Robótica), mas pode ser feita pela via vaginal ou laparotômica (aberta), conforme avaliação do caso.
Histerectomia radical ou ampliada: cirurgia para retirada do útero na vigência de câncer ginecológico (colo de útero, útero, ovário). Existe muita diferença na realização de uma histerectomia total (benigna) para uma histerectomia radical. A principal delas é a preocupação em se obter as margens livres de tumor e amplas e alguns procedimentos a mais, que devem ser realizados simultaneamente para o correto estadiamento e tratamento do câncer como Linfadenectomias (retirada de linfonodos regionais). Pode ser feita por via minimamente invasiva (Laparoscopia ou Robótica), via vaginal ou laparotômica (aberta), conforme avaliação do caso e discussão com o paciente.
Histeroscopia: exame que utiliza de uma câmera para visualizar a parte interna do útero (cavidade uterina), devido a um sangramento anormal ou alteração de exame complementar (ultrassonografia transvaginal, ressonância de pelve). Pode ser diagnóstica quando a intenção é de confirmar a alteração que gerou o exame, e assim descrever ou biopsiar a alteração dentro da cavidade uterina, ou cirúrgica, quando a intenção é tratar a alteração com ressecção da lesão intrauterina já sabidamente existente. O exame geralmente é feito sob sedação e em regime de hospital-dia (alta no mesmo dia, não necessitando ficar internada).