A exenteração pélvica é uma cirurgia complexa que pode ser necessária em casos de câncer de colo uterino, endométrio, ovário ou endometriose avançada. Em resumo, consiste na remoção de um ou mais órgãos pélvicos, como bexiga, útero e/ou retossigmoide.
Acredito ser importante destacar que essa cirurgia pode ser realizada como forma de tratamento curativo ou paliativo a depender da apresentação da doença. No caso de câncer de colo uterino, por exemplo, ela pode ser indicada como resgate de uma recidiva após quimiorradioterapia. 🏥 Além disso, a exenteração pélvica pode ser uma opção no tratamento cirúrgico inicial sempre que houver possibilidade de obtenção de margens livres e citorredução completa.
Ressalto que é fundamental entender que essa cirurgia é bastante extensa e traz riscos proporcionais à sua extensão. Ela também pode alterar significativamente a qualidade de vida da paciente, uma vez que pode ser necessária a colocação de ostomias urinárias e/ou fecais definitivas. 🩺 Por isso, é essencial que a paciente esteja previamente ciente e concorde com as mudanças corporais que serão acarretadas por esse tratamento 🩺.
Por fim, quero ressaltar que não existe um limite de idade para a realização da exenteração pélvica. No entanto, há limitações relacionadas à apresentação da doença:
💊 invasão do nervo ciático;
💊 hidronefrose bilateral;
💊 infiltração parametrial extensa até a parede óssea;
💊 linfonodos paraaórticos comprometidos; e
💊 presença de doenças à distância.
Pacientes que possuem alguma dessas limitações infelizmente não são candidatas à cirurgia com intenção de cura.
Em suma, a exenteração pélvica é uma cirurgia complexa e exige uma seleção criteriosa das pacientes. Contudo, quando indicada corretamente, pode oferecer uma chance de cura e melhora na qualidade de vida.
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