Tem cura?

Sim, existe cura para o câncer, mas esta cura depende de vários fatores, como tipo de câncer, estágio da doença (tamanho e locais acometidos), tratamento realizado e resposta do organismo do paciente ao tratamento. As chances de cura são maiores quando o diagnóstico é feito precocemente e o tratamento iniciado o mais rápido possível.

Acreditamos que o médico não deve prometer a cura a nenhuma paciente

Em meu consultório não prometo cura a nenhuma paciente, nem em estágio inicial e nem em doença avançada, e recomendamos às pacientes a não se tratarem com médicos que o prometam, pois, nenhum médico tem como prever o resultado exato do tratamento.

Um bom médico irá fazer tudo o que a medicina indica com trabalhos atuais para tentar curar o paciente, mas existem fatores que fogem do controle do médico, de modo que o desfecho será imprevisível. O que sabemos é que a medicina avança dia após dia, melhorando o tratamento com menos agressividade e efeitos colaterais e conseguindo taxas de cura vistas em grupos maiores que do que era visto no passado.

Por exemplo, saber que um determinado tipo de câncer e estágio da doença se consegue 95% de cura, implica em saber que a grande maioria dos pacientes desse grupo irão estar curados, mas não temos como saber quais exatamente, nem o porquê, infelizmente, 5% não estarão, apesar de terem feito o mesmo tratamento para a mesma doença. O contrário também ocorre. Saber que um determinado tipo de câncer é mais agressivo ou está em estádio avançado, não significa ter certeza de que não há chance de cura.

Já vivenciei casos que me surpreenderam apesar do convívio diário, de pacientes que chegaram muito debilitados e conseguiram fazer o tratamento e estão sem evidência de doença, ou que estão com a doença pouco sintomática tendo uma qualidade de vida muito boa, por muito tempo. Várias vezes vi pacientes partirem por outra doença que não o câncer, ou seja, tratou do câncer e faleceu por exemplo de um infarto que não teve relação com o câncer, ou mesmo familiares que acompanhavam o paciente e se foram durante o tratamento subitamente, enquanto o paciente que já teve o câncer, passa bem.