Translocação uterina ou ovarina são duas técnicas diferentes para casos diferentes, mas que significam tentar manter função ovariana (produção de hormônios femininos e óvulos) ou útero ovariana (função hormonal e gestacional). No caso da translocação ovariana é muito utilizada em casos de câncer de colo uterino que necessitem de radioterapia pélvica, onde a cirurgia é preferencialmente realizada por via minimamente invasiva para reposicionar os ovários fora do campo que será irradiado, deste modo conseguisse em cerca da metade dos casos a preservação da função hormonal deste órgão. E caso a paciente deseje além de manter a função hormonal gerar seu filho, a paciente pode com auxílio da medicina reprodutiva captar ovulo e usar barriga de aluguel para poder gerar seu filho/a.
Então quando falamos em translocação ovariana, pensamos que a região pélvica tem um câncer que necessita de radioterapia como tratamento, se será necessário fazer a histerectomia (retirada do útero) ou não, somente o médico especialista poderá lhe orientar. Veja que esta não é uma técnica utilizada para tratamento de câncer de ovário, pois o intuito é preservar completamente o ovário. Como damos preferência a via minimamente invasiva, em geral, esta cirurgia é realizada em regime de hospital dia, ou seja, alta no mesmo dia após o término do procedimento. A recuperação é muito tranquila, sem pontos para retirar, a paciente retorna na consulta caminhando normalmente em 3 a 5 dias, já sem a necessidade de uso de analgésicos. A deambulação precoce é estimulada, a paciente pode dirigir com cerca de 30 dias e exercícios físicos mais intensos são liberados após 2 meses.
Translocação uterina é uma técnica mais recente, idealizada por Dr. Reitan Ribeiro e vem sendo utilizada para casos de câncer de origem não ginecológico de órgãos pélvicos, em sua maioria câncer colorretal que necessitem de radioterapia como forma de tratamento. Nesta técnica inovadora o útero com trompas e ovários são posicionados temporariamente na cicatriz umbilical tirando estes do campo da radioterapia, e após o termino do tratamento radioterápico é realizada uma nova cirurgia para retornar o útero com ovários a sua posição original junto a vagina, e desta forma permitir a esta paciente manter a chance de engravidar de forma natural, pois foram mantidos a função hormonal e reprodutiva.
Estas cirurgias podem ser feitas por via laparotomica ou minimamente invasiva: laparoscopia ou robótica, havendo possibilidade e disponibilidade sempre dou preferência a cirurgia minimamente invasiva devido aos inúmeros benefícios desta via (menor trauma, dor, sangramento, infecção e recuperação). Como damos preferência a via minimamente invasiva, em geral, esta cirurgia é realizada em regime de hospital dia, ou seja, alta no mesmo dia após o término do procedimento. A recuperação é muito tranquila, sem pontos para retirar, a paciente retorna na consulta caminhando normalmente em 3 a 5 dias, já sem a necessidade de uso de analgésicos. A deambulação precoce é estimulada, a paciente pode dirigir com cerca de 30 dias e exercícios físicos mais intensos são liberados após 2 meses.