Cirurgia de Trompas Uterinas: Salpingectomia, Salpingostomia, Laqueadura tubária

As trompas uterinas juntamente com os ovários são conhecidas como anexos. As cirurgias em trompas uterinas podem ser feitas especificamente por alguma patologia que acomete somente unilateralmente, mas podem ser parte de uma sequência de procedimentos cirúrgicos necessários para o tratamento de uma patologia ginecológica. Assim pode-se preservar o útero e retirar parte ou toda a trompa.

Salpingectomia e Salpingostomia

Salpingectomia e Salpingostomia são cirurgias realizadas nas trompas uterinas. Na salpingectomia, retira-se toda a trompa. Já na salpingostomia, é feita uma incisão na trompa contralateral a sua irrigação, ambos os procedimentos podem ser utilizados para tratamento da gravidez ectópica com resultado muito semelhante em termos de resultados quanto a chance de gravidez futura.

A salpingostomia, por ser considerada uma cirurgia conservadora, necessita de controle de BHCG no pós-operatório porque pode permanecer tecido ectópico viável residual. A salpingectomia é melhor quando a gravidez tem mais de 3 cm na presença de dilatação de trompas com hidrossalpinge. Nesse caso, a gravidez por Fertilização in Vitro (FIV) apresenta maiores taxas de sucesso com a retirada das trompas por salpingectomia.

Não existe ainda um consenso, mas alguns trabalhos defendem a ideia de que a salpingectomia antes da primeira menstruação, poupando ovário na cirurgia profilática do câncer de ovário ligado a mutação no gene BRCA, seria uma forma de tratamento. Nesses casos, a doença teria início nas extremidades das trompas, região conhecida como fímbrias, e que a ressecção destas antes da primeira menstruação poupando o ovário seria o suficiente para prevenir o aparecimento do câncer de ovário. Os ovários poupados manterão a função hormonal, e no momento que a paciente desejar gestar, com o auxílio da medicina reprodutiva, poderá ser captado óvulos e implantado na própria paciente sem necessidade de barriga solidária.