Cirurgia de Vias Linfáticas: Linfadenectomias e Linfonodo Sentinela

Linfadenectomia Pélvica

Procedimento cirúrgico para retirada de linfonodo existentes na região pélvica e que fazem parte do tratamento de determinados tipos de câncer ginecológico (colo de útero, útero ou ovário). Pode ser feita pela via laparotomica (aberta) ou minimamente invasiva (videocirurgia através de pequenas incisões) por laparoscopia ou robótica. Consulte com um cirurgião oncológico, para saber qual é o tratamento mais apropriado para seu caso, pois hoje temos a possibilidade de realizar a técnica de linfonodo sentinela dependendo do tipo celular do câncer ginecológico, grau histopatologico, tamanho e profundidade de invasão. Linfadenectomias são cirurgias delicadas que exigem um conhecimento de anatomia extenso e uma grande habilidade cirúrgica por parte do cirurgião que a realiza, estando este já habituado com cirurgias ditas avançadas e de maior porte.

Apresenta as complicações e riscos comuns a todas as cirurgias, como infecção, sangramento, abertura de pontos, mas algumas mais relacionada a este procedimento que são a linfocele pélvica vista em exames de imagem de controle de recidiva do câncer, mas que não costuma ser sintomática e não demanda tratamento. Em alguns pacientes pode evoluir com linfema crônico de membro inferior, aquele inchaço das pernas, que pode ser controlado com uso de meias de media compressão e drenagem linfática.

 

Linfadenectomia retroperitoneal procedimento cirúrgico para retirada de linfonodo existentes na região retroperitoneal e que fazem parte do tratamento de determinados câncer ginecológico (colo de útero, útero ou ovário) dependendo da apresentação deste, ou seja, pode ser que para um determinado tipo de câncer de endométrio a técnica do linfonodo sentinela seja possível, porem para outro tipo de câncer de endométrio seja necessário uma cirurgia  mais extensa como a linfadenectomia retroperitoneal. Linfadenectomias são cirurgias delicadas que demandam um conhecimento de anatomia e uma habilidade cirúrgica por parte do cirurgião que a realiza, estando este já habituado com cirurgias ditas avançadas e de maior porte. Pode ser feita pela laparotomica (aberta) ou minimamente invasiva (videocirurgia através de pequenas incisões) laparoscópica ou robótica, conforme avaliação do caso. Apresenta as complicações e riscos comuns a todas as cirurgias, como infecção, sangramento, abertura de pontos, mas algumas mais relacionada a este procedimento que são a ascite quilosa, que para ser tratada demanda uma dieta especifica com triglicerídeos de cadeia média e as vezes reabordagem a procura do ducto linfático lesado que não cicatrizou.

 

 

Linfadenectomia inguinal é o procedimento cirúrgico para retirada de linfonodo existentes na região da virilha e que fazem parte do tratamento do câncer de vulva. Novamente o cirurgião oncológico faz toda a diferença, para saber selecionar casos onde dá para fazer a técnica do linfonodo sentinela (cirurgia menos agressiva), casos onde a linfadenectomia pode ser unilateral, por exemplo somente linfadenectomia no membro inferior direito e outros onde a necessidade de se fazer a cirurgia bilateral. Como complicações e riscos comuns a todas as cirurgias, como infecção, sangramento, abertura de pontos, mas algumas mais relacionada a este procedimento que são a necrose da pele, a linfocele residual (acumulo de linfa abaixo da pele no local da cirurgia) e o linfedema de membro inferior. Para diminuir a linfocele, a paciente sai com dreno suctor (um tipo de dreno que mantem uma sucção constante de secreção no local da cirurgia), que ajuda a diminuir e cicatrizar o espaço formado pela retirada dos linfonodos e em algumas semanas com a diminuição da produção na linfa pela cicatrização local é possível retirar este.

Linfonodo Sentinela

Linfonodo Sentinela é uma técnica cirúrgica utilizada para retirar o (s) primeiro (s) linfonodo (íngua) que é responsável pela drenagem linfática de determinado órgão. A técnica muito utilizada em cirurgia de câncer de mama e melanoma, vem ganhando espaço em canceres de origem ginecológica, como vulva, colo de útero e endométrio por conseguir preservar a maior parte dos outros linfonodos diminuindo a chance de complicações relacionadas a retirada total – linfadenectomia. Somente se tornou possível, através de trabalho que demonstram que o estudo a fundo, conhecido com ultraestadiamento (vários cortes) do linfonodo é mais preciso do que poucos cortes em vários linfonodos, e mais importante, que a retirada dos linfonodos parecer ser parte do estadiamento e ajuda a orientar o tratamento, mas não impactaria na chance de cura. Pode ser realizado pela técnica que usa a injeção do corante azul patente, ou através da utilização de gama probe para detectar radiosotopo injetado como o Tecnécio ou verde indocianina através de filtro especifico.