O câncer do colo uterino é no Brasil o câncer em 4ª incidência, porém em regiões mais simples chega a aparecer em primeiro lugar junto com a mama. É tido como uma doença de país subdesenvolvido, pois países que fazem o preventivo de rotina e estão vacinando estão tendo uma diminuição importante dos novos casos. Com uma cobertura de 80% da população que está na faixa etária da realização do preventivo do colo uterino, é possível reduzir em 80% a incidência deste tumor, ou seja, é um tumor prevenível, mas para isso devemos romper barreiras e realizar a coleta da colpocitologia oncótica.
Entre uma alteração pré-neoplásica que é acompanhável e tratável até evolução para uma lesão mais agressiva como câncer do colo uterino demora anos, com poucos casos tendo o chamado tumor de intervalo, que são lesões de aparecimento e crescimento rápido, inesperado. Em geral, o que esperamos é que se faça o diagnóstico durante exame de prevenção, ou seja, quando a paciente não tem sintomas e vem para realizar um exame de rotina. Infelizmente, o cenário não é esse e a paciente, em geral, vem consultar porque já tem sintomas de sangramento espontâneo na relação sexual, ou corrimento fétido e até dor pélvica onde encontramos já uma lesão extensa. Após a biópsia e confirmação do câncer, fazemos exames de estadiamento, que seriam exames que nos auxiliam a avaliar em que fase a doença câncer está: inicial, moderada ou avançada. Assim, podemos orientar se o tratamento será cirúrgico em uma doença mais inicial ou se será através da quimioradioterapia na doença mais extensa.
Novamente, em função do estadiamento, a cirurgia pode variar de uma traquelectomia simples, para uma histerectomia simples até radical com linfonodo sentinela ou linfadenectomia pélvica, além de poder optar em um tratamento visando preservar a fertilidade ou não em função da prole ou desejos futuro sem diminuir as chances de cura como a traquelectomia radical. A consulta com o oncologista cirúrgico tem como objetivo diagnosticar, estadiar e planejar o tratamento do câncer levando em consideração particularidades individuais. A cirurgia minimamente invasiva passa por avaliação no momento para refinamento da técnica não sendo a primeira opção para tratamento do câncer de colo uterino devido a trabalhos demonstrando uma maior chance de recidiva em relação a via laparotômica (técnica de cirurgia aberta com incisão maior na barriga).
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